Passada a semana de reclusão, lá me vi atirado para a rua, obrigado a perambular por aqui e por ali, perdido entre outros transeuntes, também eles a deambular sem destino. Constatei, não sem alguma tristeza, que nada tinha mudado. Sete dias não são tempo suficiente para haver mudanças, dir-se-á e eu concordo. Contudo se sete dias não são tempo suficiente para haver mudanças, também oito não o serão, mas se oito não são… O leitor já está a ver a onde leva esta história. A isto dá-se o nome de paradoxo de sorites. Ainda falta qualquer coisa, mas deixemo-nos de paradoxos. Tenho uma série de coisas desagradáveis para ler, bem como outras não mais agradáveis para escrever. Para comemorar o dia da libertação, acabei por passar por uma livraria e, para enriquecer a minha pobre biblioteca, trouxe de lá os romances A Polícia da Memória, da japonesa Yoko Ogawa, e Tomás Nevinson, do espanhol Javier Marías. Segunda a crítica, este será o seu melhor romance. O pior é que são 650 páginas, um tijolo. Chega de procrastinar.
Só cheguei no fim da reclusão - que bom que o dedicou ao cinema- temo não poder fazer o mesmo se ele chegar até mim, não tenho plataformas onde vá buscar essas perólas (onde, já agora?). Feliz continuação da recuperação.
ResponderEliminar~CC~
Muito obrigado.
EliminarQuanto à plataforma, no Natal fiz-me subscritor da Filmin (https://www.filmin.pt/). Tem muito cinema europeu, também de outras áreas. Não tem tudo o que há de interessante, mas tem muita coisa, e parece-me ir construindo um catálogo consistente. Tem também algumas séries, mas não é o forte.
Julgo que aluga filmes a não subscritores. A subscrição é de 55€/ano. No Natal, estava 35€/ano.