sábado, 13 de setembro de 2025

Uma alegoria

Diante de mim tenho um pequeno romance de Hermann Hesse. Há muitas décadas, li várias obras do autor alemão. Li-as com verdadeiro prazer: desde Siddartha até a O Jogo das Contas de Vidro, passando por O Lobo das Estepes ou Narciso e Goldmundo. Por volta dos trinta, tentei voltar ao autor, mas, ao fim de algumas páginas, abandonava enfastiado a obra. Vou tentar de novo: começo com o primeiro romance, Peter Camenzind, que nunca li. Se conseguir ler a obra romanesca de Hesse, então sei que estou já num processo de regressão. Ficarei a aguardar o momento em que procurarei as edições antigas da Romano Torres das Aventuras de Pinóquio, tendo antes passado por Enid Blyton e por outros autores que não vêm agora ao caso, sem esquecer as aventuras de Jaime Eduardo de Cook e Alvega, o famoso Major Alvega da colecção Falcão. Do Pinóquio aos grandes autores da literatura universal, e retorno à casa da partida: eis uma alegoria sobre as limitações do mito do progresso.

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