Maio chegou envolto num manto tecido pela Primavera. Olhei para a construção da frase e logo senti uma enorme tristeza. Quem quer saber destas leviandades semânticas? Fui almoçar junto ao Tejo. Via o rio correr sem pressa, as águas azul cinza empurradas por um vento ligeiro que vinha de leste. Tocava-o uma mágoa que quase exigia que se chorasse por aquela dor tão exposta à luz vibrante do início da tarde. Da margem norte, um pato levantou voo e poisou num canavial da outra margem. Depois, voltou para a casa da partida. No voo da ave, descobri mais sabedoria que em muitos dos livros que li. O que será a vida mais que esse ir e voltar, sob o céu azul do primeiro dia de Maio?
Eu quero saber destas leviandades semânticas.
ResponderEliminarE a primeira frase é linda!
Não sei se a vida será mais que esse ir e voltar, sob o céu azul ou não, do mês de Maio ou de qualquer outro mês; sei que é sempre bom voltar aqui e ler estas suas narrativas.
Maria
Muito obrigado.
EliminarHV