terça-feira, 10 de setembro de 2019

Estratégias editoriais

Talvez seja mais interessante editar livros do que ter leitores que os leiam. Ainda Agosto não tinha acabado enviei um email a uma editora dizendo estar interessado em comprar quatro livros por ela publicados e que não se encontram nas livrarias. É uma editora pequena mas com um catálogo interessante e um design gráfico também merecedor de atenção. Até hoje não recebi qualquer resposta. Talvez ninguém abra os emails, foi o que pensei. Depois ocorreu-me que alguém o tenha lido e que, olhando para o nome do possível comprador, achou por bem que eu não mereceria ter aqueles livros na minha biblioteca pessoal. Resigno-me a esta sabedoria editorial. Se eu fosse editor também só venderia livros a pessoas que tivessem um nome merecedor de os comprar. Seguindo o ensinamento groucho marxiano nem a mim mesmo venderia livros por mim publicados, mesmo que eu estivesse disposto a pagar o dobro do seu valor de mercado, o que não era o caso. Há que manter elevado o nível e evitar que certas palavras caiam sob os olhos profanos de um leitor desconhecido.

2 comentários:

  1. Ultimamente não me posso queixar. Pedi 3 livros à Relógio D'Água por telefone e nem precisei enviar email.
    Chegaram impecáveis, com 10% desconto e portes grátis.
    Ah, e não estranharam o nome, o que não admira pois já sou cliente há uns tempos :)

    Maria

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    1. A Relógio de Água, porém, é uma editora a sério. Até tem número de telefone e, provavelmente, uma morada física. Com ela não há problemas.

      Outras há que são mais misteriosas e exclusivas.

      HV

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